Sunday, June 03, 2007






Tempos Idos, voltam


Havia um paladar, um aroma
Ele dançava em minhas mãos
Era uma história de amor que contávamos
Sombrinhas apenas protegiam do sol
Peles aqueciam no inverno
Crianças rodavam e cantavam
Reuniões em amigos, floresciam
Uma época onde o jardim era de cores
De cór eu sabia o que falar,
Ensaiava conversas no espelho
Para dizer ao telefone
A distância alimentava os amores

Hoje o gosto é de ferro e alumínio
A lua espelha sexo sem amor
Beijos com fulgor
Protetores solares, histórias SM
Peles de couro, animais em real ação
Crianças no vídeo-game
Amigos inimigos, crescem
Os jardins são para serem decorados
Sem saber o que falar
As palavras vão ao vento
Dizer ao universo
Que o tempo encobre os amores

No entanto, eu sinto por você
O que de mim se foi
E peço ao mundo
Que saiba que há um Amor no fundo
Não esqueço o primeiro olhar
E percebo um sentimento à segunda vista
Descubro o que sempre esteve no tempo
É o profundo de vidas e vidas seguidas
Você como Pai, irmão, amado e amigo

Uma valsa se faz em minha mente
Eu giro, giro e caio sempre em seus laços
Amarrando um xalê de Mãe, irmã, amada e amiga
No peito que declama meu imenso Amor.

E peço:

QUERO, SIM

Levantar no tempo sempre ao teu lado
Dizer ao vento que o amo mais do que nunca
E nas brumas da paixão
Enevoar o paladar com um beijo
Aromatizar o vento com o perfume dessa poesia
Uma amêndoa doce para teus dias.

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