Sunday, October 28, 2007




Já passa do alvorecer e eu estou aqui nesse céu, seu prazer
Sou sua dança cigana, aquela de tempos
Aquela famosa que permanece em algum lugar do tempo tocando
Está aí, está aqui e em lugar nenhum
Talvez no meu semblante, talvez anda galopante
Talvez.....aonde? Sei que me lembro e no entanto faço questão de apagar
Porque no momento em que ela parar, meu relógio andará

Por isso faço dança das horas a dança que não cansa de haver esperança

Sunday, October 21, 2007


Cadência, sequência, consequência....
Na minha vida tudo pode, tudo entorce
Volta, dá voltas e no final das contas
Danço 5 Braços em 10 abraços
Todos os 1000 passos que dei
Todos os 5000 beijos que apanhei
Se tornaram sigla de mar infinito
Em pontos que apontam 5 direções
No meu corpo, fosco, quase morto.
O grande Mistério de tudo
É que não sei quem fui.

Friday, June 08, 2007



A fonte de uma juventude em 2012

São 50 anos de amores

Um deles desenhou minha sorte:

Cabelos de fogo, orelhas de elfa, asas nas costas

Cabeça fria e tranquila

Ouvindo a paz dos meus dias

Voando nas asas do amor e da alegria

Vida de ouro por cima de anos em sonhos sobre sonhos

Beijando um pingo de prata que caiu da lua sobre minhas mãos de poeta.

Sunday, June 03, 2007



Urusvati, um olhar para dentro

Recital Performático de Deborah Schcolnic, um olhar para dentro da alma feminina, as passagens de uma vida-mulher, o despertar de seus dias, suas estações, épocas de crise e o vislumbre do envelhecer.

Apresentado no Teatro Julia Bergmann em 29 de maio de 2007, comemorando meus 45 anos através de um olhar interior e para o papel da mulher na sociedade como cidadã livre, solidária e solitária almejando o "Encontro Consigo Mesmo", próximo recital a ser produzido em data e local a ser divulgado.






Tempos Idos, voltam


Havia um paladar, um aroma
Ele dançava em minhas mãos
Era uma história de amor que contávamos
Sombrinhas apenas protegiam do sol
Peles aqueciam no inverno
Crianças rodavam e cantavam
Reuniões em amigos, floresciam
Uma época onde o jardim era de cores
De cór eu sabia o que falar,
Ensaiava conversas no espelho
Para dizer ao telefone
A distância alimentava os amores

Hoje o gosto é de ferro e alumínio
A lua espelha sexo sem amor
Beijos com fulgor
Protetores solares, histórias SM
Peles de couro, animais em real ação
Crianças no vídeo-game
Amigos inimigos, crescem
Os jardins são para serem decorados
Sem saber o que falar
As palavras vão ao vento
Dizer ao universo
Que o tempo encobre os amores

No entanto, eu sinto por você
O que de mim se foi
E peço ao mundo
Que saiba que há um Amor no fundo
Não esqueço o primeiro olhar
E percebo um sentimento à segunda vista
Descubro o que sempre esteve no tempo
É o profundo de vidas e vidas seguidas
Você como Pai, irmão, amado e amigo

Uma valsa se faz em minha mente
Eu giro, giro e caio sempre em seus laços
Amarrando um xalê de Mãe, irmã, amada e amiga
No peito que declama meu imenso Amor.

E peço:

QUERO, SIM

Levantar no tempo sempre ao teu lado
Dizer ao vento que o amo mais do que nunca
E nas brumas da paixão
Enevoar o paladar com um beijo
Aromatizar o vento com o perfume dessa poesia
Uma amêndoa doce para teus dias.

Friday, May 25, 2007


Ela é aquela que dos teus olhos saíram
Aquela que tua imagem revela
Teu estado, o país de onde vens

Ele é aquele que os olhos dela flagaram
Aquele que fez sua mão sentir
És o folclore, do lugar de onde ela vem


Entre deuses e humanos, a lua muda
E reflete o sol que deles saem

Entre essas paisagens de céu e sol
A natureza torna, paixão e beleza
Muda a figura para encher o sorriso de quem os vê

Para Declamarem o AMor que os possui

Ele é ela, ela é ele e eles sou Eu

Olhar para o mundo masculino assim como me olho



Quando olho para dentro, enxergo. Quando olho para fora quero negar o que vejo. Assim, me cego. Em mim existe alguém, um Eros perfeito que não ouso querer ver com a visão. Eu o enxergo com o coração. Se avisto um homem que parece ser Eros, a ilusão é maior. Do contrário, se o enxergo com os olhos de dentro, é o verdadeiro amor que obtenho. Assim, vou cada vez mais o conhecendo e uma visão global se forma em minha mente: ele é aquele mundo masculino, aquele planeta que tem toda a minha visão, para quem quero sempre olhar. Mesmo estando em qualquer lugar, sei que meus olhos estão a mirá-lo. Ele flutua na minha frente sempre e através dele enxergo todo o resto. Faz parte de mim e ao mesmo tempo me integra. É uma porção sempre presente. Do contrário, o homem de fora, embora distante torna-se atuante na minha mente e no meu coração. Quando ouço sua voz de fora, algo em mim pula. Talvez meus olhos tentando vê-lo. Mas sei que assim como Eros, devo cegar-me para a realidade e apenas saber que na vontade, somos amantes-irmãos para a eternidade

A vida se põe devarinho
Minha noção de vida vai acabando aos poucos
E eu me sinto ancorar sozinha no mar
Meu barco, me corpo está vazio de passado
E para o futuro dia lanço meu olhar
Ainda tem uma noite para mergulhar
Uma lua para me guardar
Aqui estou, doce ao sal
Verde e azul violeta
Um pouco de sol me resta antes de amanhã
Daqui por diante serei prata e ouro
Com um bronzeado interno feito desse dia de sol de hoje
Lanço o quadro da minha vida para o mundo
Nessa poesia vazia, limpa e minha
Não há nada mais a dizer, a fazer além de escrever
Quando a primeira estrela aparecer
Vou rezar sem máguas nas águas que cabem aqui
Para que o que segue daqui, seja novo, cheiroso e suficiente para mim
Suprima tudo o que virá e eu não tenha mais o que desabafar....



SE NAS ESTRELAS HÁ O AMOR
NAS SOBRAS DO BRILHO DELAS QUE CHEGAM A MIM
EU ME COMPADEÇO DAQUELE QUE ME FEZ OLHÁ-LAS
E PEDIR: AME AQUILO QUE TE FEZ FELIZ
MAS NÃO BATA NAQUELA QUE TE AMOU
PORQUE AINDA EXISTE MUITO AMOR
ELASIMPLESMENTE CHORA TAL AMOR
MESMO QUANDO ELE ESCONDE A FACE MEIGA E MOSTRA A FACE BRUTA
É CARNAVAL AQUI NO MEU SAMBA
PARA VER APENAS O ENREDO QUE O TRAÇO DA MAGIA, TODAS AS MARIAS CALÇARAM
ESSE SAPATO VELHO, ESSA PANELA VAZIA, ESSA CAMA AMASSADA
SIRIGUIDUM, MEU VELHO!



Olha lá fora pois aqui dentro a lua não mais namora
É tarde agora, o último sonho está por realizar
No meu quarto, esta minha caixa onde durmo
A boneca valsa sozinha sem ter quem dê corda e
Ela não mais acorda, fica girando, girando devagar
Olhando no espelho da lua, todas as estações indo para fora
E ela aqui dentro chora.
Lua, vanbora, me leva deste sonho que demora
Eu estou prestes a secar, forças não me revigoram
Beber da água da fonte da juventude, como?
Se esta passa por mim em noites solitárias?
Não há jeito agora, só me resta fechar a janela
E muitas noites ainda insonar, olhar, esperar
O que eu já não sei mais....
Só sei que de mim,tudo foi embora.

Thursday, May 24, 2007




Lua Noiva


A noiva lua, nova
Velha para o mundo
Dormiu sobre as águas
Do seu próprio luar.
Casou sua mágoas
Com as dos homens
E deixou a casa 7
Para as margens de outra.
O que a consola é saber
Que lá fora a noite dorme
E aqui dentro a foice mora
É lua, é mistura de dentro e fora
Agora, embora vou
Cá fico, os sinos tocam a 1/2 noite
E eu deixo um lápis que me anote
Tudo em pouco, louco manto
Que me deu, a lua sobre, sóbria
E o que for, ache aqui o meu ser
Desenhado, a espera de largo sorriso
Que me sorri, sorry meu amor...


















Nesse outono quero que a fada do meu ser espalhe folhas de maça pelos caminhos por onde eu andar, que as horas
Passem sem me lembrar de que um dia estava em flor e a natureza era toda alegria, quero passar pelas manhãs
Como se as lembranças de um dia em flor, tivessem sido apenas mais um dia e que a partir desse outono toda primavera em mim tornar-se-a frutos e folhas, deixando pelo caminho as vestes da árvore. Que minha árvore desnuda seja o claro dia de começar de novo, a cada passo um novo rumo que me torne toda preenchida, alimentada e satisfeita de mim. O que impera nos meus sonhos e planos é estar em paz, coração tranqüilo onde cada vento que bater apenas levará um véu do meu ser e cada dia torna-me-ei mais de mim e menos do passado. O presente que se fará é brilho instante, é alma limpa, é cor flagrante. Quem me olhar nesse momento pegará o que de mim é mais vibrante. É ser tudo a cada instante, é ser e estar cada vez mais presente. Ser e estar assim é o outono que de mim brota nesse meu único meio de vida, sortida.

Saturday, March 10, 2007




AR de ROSA


Meu pulmão embriagou-se de Rosa
Cruz formada de pétalas
Sacrificada do ódio, de guerras
É o filho que traz a dor
É a arte que não me cura
Há de haver algum zelota em mim
Que revolucionará meu corpo em gozo
Para o essenial, essencial prazer do equilíbrio
Pois do dinheiro, quero mais vender o corpo
Magdaleno e salvar a alma, na saúde
Ressussitar o pão e derramar o sangue na terra fértil
Fértil colheita há de vir, para meus dias de verão
Verão brotar no chão, a mesma Rosa que meu pulmão sofreu, e entre seios de amor, O Nazareno Exalará a mirra, minha glória infinita.


Thursday, January 11, 2007











A que veio



Uma Titania, alva como a Lua
Feita de asas, livre, doce
Viveria uma história encantada
Ao lado de um selvagem?
A bela e a fera, teriam vez
Numa terra árida, desértica?
Em comum, a simplicidade...
Fora do comum, as cores que fariam
Um arco-íris, se chuva viesse nesse chão
Mas há um rio, limpo, formoso que fertiliza
Vidas, compartidas....
Ele a convida e ela suspira:

Como seria bom uma lenda para meus dias!
Irei...contente pela estrada afora
Levar minhas flores para o cavaleiro
Mas trago em meus lábios um beijo dado
Pelo mal das velhas cortesãs de um reino afastado
O encanto seria quebrado se um nobre cavaleiro
Pousasse em meus seios...
Por isso vou, aceito o convite e me torno, de asas, galope em teu meio....

E assim, mudaram o rumo de uma história e viveram eternos para sempre....

Final feliz para mim e de ti começo treino....















Friday, January 05, 2007


Sentir como natural
Gela preconceitos
A mulher que nasce como semente
Planta raízes e cresce, amadurece
Sente em seu corpo o fluir da beleza
Mesmo entre rugas e salienciências arredondadas
Vê que brota na aura colorida, o contorno perfeito de seu corpo
E mesmo assim, belo e divino, está.