Friday, May 25, 2007


Ela é aquela que dos teus olhos saíram
Aquela que tua imagem revela
Teu estado, o país de onde vens

Ele é aquele que os olhos dela flagaram
Aquele que fez sua mão sentir
És o folclore, do lugar de onde ela vem


Entre deuses e humanos, a lua muda
E reflete o sol que deles saem

Entre essas paisagens de céu e sol
A natureza torna, paixão e beleza
Muda a figura para encher o sorriso de quem os vê

Para Declamarem o AMor que os possui

Ele é ela, ela é ele e eles sou Eu

Olhar para o mundo masculino assim como me olho



Quando olho para dentro, enxergo. Quando olho para fora quero negar o que vejo. Assim, me cego. Em mim existe alguém, um Eros perfeito que não ouso querer ver com a visão. Eu o enxergo com o coração. Se avisto um homem que parece ser Eros, a ilusão é maior. Do contrário, se o enxergo com os olhos de dentro, é o verdadeiro amor que obtenho. Assim, vou cada vez mais o conhecendo e uma visão global se forma em minha mente: ele é aquele mundo masculino, aquele planeta que tem toda a minha visão, para quem quero sempre olhar. Mesmo estando em qualquer lugar, sei que meus olhos estão a mirá-lo. Ele flutua na minha frente sempre e através dele enxergo todo o resto. Faz parte de mim e ao mesmo tempo me integra. É uma porção sempre presente. Do contrário, o homem de fora, embora distante torna-se atuante na minha mente e no meu coração. Quando ouço sua voz de fora, algo em mim pula. Talvez meus olhos tentando vê-lo. Mas sei que assim como Eros, devo cegar-me para a realidade e apenas saber que na vontade, somos amantes-irmãos para a eternidade

A vida se põe devarinho
Minha noção de vida vai acabando aos poucos
E eu me sinto ancorar sozinha no mar
Meu barco, me corpo está vazio de passado
E para o futuro dia lanço meu olhar
Ainda tem uma noite para mergulhar
Uma lua para me guardar
Aqui estou, doce ao sal
Verde e azul violeta
Um pouco de sol me resta antes de amanhã
Daqui por diante serei prata e ouro
Com um bronzeado interno feito desse dia de sol de hoje
Lanço o quadro da minha vida para o mundo
Nessa poesia vazia, limpa e minha
Não há nada mais a dizer, a fazer além de escrever
Quando a primeira estrela aparecer
Vou rezar sem máguas nas águas que cabem aqui
Para que o que segue daqui, seja novo, cheiroso e suficiente para mim
Suprima tudo o que virá e eu não tenha mais o que desabafar....



SE NAS ESTRELAS HÁ O AMOR
NAS SOBRAS DO BRILHO DELAS QUE CHEGAM A MIM
EU ME COMPADEÇO DAQUELE QUE ME FEZ OLHÁ-LAS
E PEDIR: AME AQUILO QUE TE FEZ FELIZ
MAS NÃO BATA NAQUELA QUE TE AMOU
PORQUE AINDA EXISTE MUITO AMOR
ELASIMPLESMENTE CHORA TAL AMOR
MESMO QUANDO ELE ESCONDE A FACE MEIGA E MOSTRA A FACE BRUTA
É CARNAVAL AQUI NO MEU SAMBA
PARA VER APENAS O ENREDO QUE O TRAÇO DA MAGIA, TODAS AS MARIAS CALÇARAM
ESSE SAPATO VELHO, ESSA PANELA VAZIA, ESSA CAMA AMASSADA
SIRIGUIDUM, MEU VELHO!



Olha lá fora pois aqui dentro a lua não mais namora
É tarde agora, o último sonho está por realizar
No meu quarto, esta minha caixa onde durmo
A boneca valsa sozinha sem ter quem dê corda e
Ela não mais acorda, fica girando, girando devagar
Olhando no espelho da lua, todas as estações indo para fora
E ela aqui dentro chora.
Lua, vanbora, me leva deste sonho que demora
Eu estou prestes a secar, forças não me revigoram
Beber da água da fonte da juventude, como?
Se esta passa por mim em noites solitárias?
Não há jeito agora, só me resta fechar a janela
E muitas noites ainda insonar, olhar, esperar
O que eu já não sei mais....
Só sei que de mim,tudo foi embora.

Thursday, May 24, 2007




Lua Noiva


A noiva lua, nova
Velha para o mundo
Dormiu sobre as águas
Do seu próprio luar.
Casou sua mágoas
Com as dos homens
E deixou a casa 7
Para as margens de outra.
O que a consola é saber
Que lá fora a noite dorme
E aqui dentro a foice mora
É lua, é mistura de dentro e fora
Agora, embora vou
Cá fico, os sinos tocam a 1/2 noite
E eu deixo um lápis que me anote
Tudo em pouco, louco manto
Que me deu, a lua sobre, sóbria
E o que for, ache aqui o meu ser
Desenhado, a espera de largo sorriso
Que me sorri, sorry meu amor...


















Nesse outono quero que a fada do meu ser espalhe folhas de maça pelos caminhos por onde eu andar, que as horas
Passem sem me lembrar de que um dia estava em flor e a natureza era toda alegria, quero passar pelas manhãs
Como se as lembranças de um dia em flor, tivessem sido apenas mais um dia e que a partir desse outono toda primavera em mim tornar-se-a frutos e folhas, deixando pelo caminho as vestes da árvore. Que minha árvore desnuda seja o claro dia de começar de novo, a cada passo um novo rumo que me torne toda preenchida, alimentada e satisfeita de mim. O que impera nos meus sonhos e planos é estar em paz, coração tranqüilo onde cada vento que bater apenas levará um véu do meu ser e cada dia torna-me-ei mais de mim e menos do passado. O presente que se fará é brilho instante, é alma limpa, é cor flagrante. Quem me olhar nesse momento pegará o que de mim é mais vibrante. É ser tudo a cada instante, é ser e estar cada vez mais presente. Ser e estar assim é o outono que de mim brota nesse meu único meio de vida, sortida.