A vida se põe devarinho
Minha noção de vida vai acabando aos poucos
E eu me sinto ancorar sozinha no mar
Meu barco, me corpo está vazio de passado
E para o futuro dia lanço meu olhar
Ainda tem uma noite para mergulhar
Uma lua para me guardar
Aqui estou, doce ao sal
Verde e azul violeta
Um pouco de sol me resta antes de amanhã
Daqui por diante serei prata e ouro
Com um bronzeado interno feito desse dia de sol de hoje
Lanço o quadro da minha vida para o mundo
Nessa poesia vazia, limpa e minha
Não há nada mais a dizer, a fazer além de escrever
Quando a primeira estrela aparecer
Vou rezar sem máguas nas águas que cabem aqui
Para que o que segue daqui, seja novo, cheiroso e suficiente para mim
Suprima tudo o que virá e eu não tenha mais o que desabafar....
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