formatadora, video-maker e atriz de suas próprias poesias e de autores contemporâneos e renomados
Wednesday, December 27, 2006
Sou parecida com quem?
Com minha mãe?
Pareço com o que gostaria de ser?
Olho para mim e me vejo assim:
Dois olhos, um nariz, uma boca...
Sou gente! Pareço gente?
As vozes diziam: vai virar santa, é?
Tenho cara de santa?
As vozes verdadeiras me dizem:
- És nossa Rainha!
Essas, são vozes interiores, os véus da garganta
que querem falar sobre mim, descortinar minha voz
E a minha voz? Dá para ouvir nessa foto?
Quem liga para meu número de celular, ouve:
- Você ligou para: Deborah Schcolnic.
Ligou? Ligou para mim?
Percebeu que quem liga para mim sou eu mesma?
Eu me ligo, fico magnética mesmo...
Atraio um inconsciente fantástico
Ele me puxa, me hipnotiza
Não paro de olhar para ele.
E sabe o que é o inconsciente?
São vários pontinhos...
Cada pontinho, um mundo
Cada pontinho, um Ser
Sou, portanto feita de pontinhos que se ligam, se comunicam
formando um mosaico.
E este é meu mundo, meu sorriso, meu olhar para ele
Você também é meu mundo, sabia?
Está olhando para mim? Se ligue, ligue para mim...
Eu vou dizer: Alô! Com certeza
E sabe o que direi depois?
Meu número: 72783017. É a Deborah! Sou Eu! Que maravilha!
Sabe o que sou mesmo? Meu nome. É isso aí. Deborah Schcolnic é Deborah Schcolnic. Pareço comigo?
Se não pareço é porque o Bernardo deu um bom jeito em mim....
Wednesday, December 20, 2006
Hálito Frio: o Sopro de Satã
O Professor é um radical , incapaz de receber críticas. Minhas críticas eram em relação ao materialismo que reina em nossa sociedade, a competição por dinheiro não importando se a pessoa simplesmente é rica. Sendo rica, ela é taxada de exploradora. Sendo judia, mais ainda. A Educação Física, ciência voltada exclusivamente ao corpo, ao físico e à matéria onde o lado espiritual não é tido. O lado espiritual que simplesmente, em última instância significa Amor, Amor de Deus, a verdadeira obra.
Patrícia, em Asas da Mente, ao ver Deborah sentindo-se perseguida por vozes inconscientes que vinham da sua vivência na faculdade, declama o "Hálito Frio". Suas idéias foram rejeitadas. Ela apenas queria trazer mais espiritualidade para aquele meio. As vozes diziam: louca, exploradora, mercenária, judiazianha rica. Entra em cena a Poesia e declama o Sopro de Satã, o demônio que prende as pessoas ao materialismo:
O sopro de Satã no hálito da vida, provoca frio naqueles que insistem em congelar os sentimentos / Neva no ar do nosso ser uma dor fria / o gelo paralisa / a voz cala na garganta pela saliva em flocos / O sopro da morte anúncia que o fim é o silêncio da voz / o verbo quieto na rachadura do tempo. / Expulso da terra foi aquele que não ouviu sobre o amor / aquele que não sentiu uma única vez a verdadeira obra de Deus.
E a Espiritualidade diz: o maior perigo do materialismo não é em vida mas sim depois da morte pois se acreditamos que a vida é só matéria, nossa consciência ao morrermos ficará presa a matéria.
E é assim o arquétipo de Satã, ele expulso da presença de Deus, fica preso à matéria e quer escravizar os humanos à ela também. Ele faz com que nossa sociedade se ligue ao materialismo e principalmente ao dinheiro para que sintam junto com ele a angústia de ter sido expulso da presença de Deus. Satã fazia parte de uma hoste celestial antes disso e mandado à terra, privado da presença de Deus, ele se revolta e escraviza os seres humanos como vingança por eles terem sido a causa de todo o seu sofrimento.
O sopro que cala é o verbo quieto, contrário do Verbo de Deus, o Logos, a sabedoria. Ao podermos falar, podemos também expressar nossa sabedoria. A Deusa da Sabedoria também é Deusa do Amor. Sabedoria e Amor estão intimamente ligados. Por isso quem não conhece o verdadeiro Amor ou quem não o tem, fica como Satã, preso dentro de si mesmo, do seu corpo e de tudo o que o envolve externamente, numa frieza de alma, no vazio, trancado, sem poder se expressar, os seus sentimentos e a sua sabedoria.
E por isso nos vem todo o sofrimento de hoje em dia, o congelamento de nossas emoções, o não querer entrar em contato consigo mesmo, com coisas mais emotivas como poesias. Quando deixamos Poesias falar à nossa alma, no vêm lágrimas aos olhos. Essas lágrimas foram sentimentos contidos e que ao extravazarem com Poesias por exemplo, provocam catarses. A poesia quer falar direto para a Alma, libertá-la desse aprisionamento, dessa escuridão fria. Ela é entregue às pessoas como dádivas e só podem aproveitá-las quem se deixar penetrar e absorver por elas. Poesias são espíritos, cada uma delas fala de algo que faz parte de um imenso Amor. Por isso, a maioria das poesias falam de Amor, o amor e suas diversas interferências, principalmente as do poeta e de seus sentimentos.
Existem poesias mais racionais e estas estão ligadas à Sabedoria. Outras mais sentimentais e estas estão ligadas ao Amor. Minhas poesias vem das duas coisas juntas, ou seja, do inconsciente coletivo que em suma é Deus e deuses, os arquétipos, os mitos, tudo misturado. Estou tentando explicar-me, o que penso, o que sinto, o que vejo, o que me aconteceu ao escrevê-las. Muita gente assistiu à peça Asas da Mente e o que dizesseram sobre elas, é que são bem profundas e fortes. Eu explico que são profundas justamente por isso por virem do inconsciente, força essa imensurável que a loucura fez com que me invadisse, primeiramente de forma insurportável e com a ajuda de remédios, essa força pôde ser controlada. Como eu mesma falo no livro: Uma imagem de uma torneira que abriu jorrando água sem parar (água é símbolo do inconsciente) e aos poucos pude ir controlando esse fluxo, principalmente ao escrever.
Tenho a sorte de poder ter tido a chance de fazer isso e quero colaborar para que outras pessoas também consigam sem passar por todo sofrimento que passei. Espero estar sendo útil.
O Professor é um radical , incapaz de receber críticas. Minhas críticas eram em relação ao materialismo que reina em nossa sociedade, a competição por dinheiro não importando se a pessoa simplesmente é rica. Sendo rica, ela é taxada de exploradora. Sendo judia, mais ainda. A Educação Física, ciência voltada exclusivamente ao corpo, ao físico e à matéria onde o lado espiritual não é tido. O lado espiritual que simplesmente, em última instância significa Amor, Amor de Deus, a verdadeira obra.
Patrícia, em Asas da Mente, ao ver Deborah sentindo-se perseguida por vozes inconscientes que vinham da sua vivência na faculdade, declama o "Hálito Frio". Suas idéias foram rejeitadas. Ela apenas queria trazer mais espiritualidade para aquele meio. As vozes diziam: louca, exploradora, mercenária, judiazianha rica. Entra em cena a Poesia e declama o Sopro de Satã, o demônio que prende as pessoas ao materialismo:
O sopro de Satã no hálito da vida, provoca frio naqueles que insistem em congelar os sentimentos / Neva no ar do nosso ser uma dor fria / o gelo paralisa / a voz cala na garganta pela saliva em flocos / O sopro da morte anúncia que o fim é o silêncio da voz / o verbo quieto na rachadura do tempo. / Expulso da terra foi aquele que não ouviu sobre o amor / aquele que não sentiu uma única vez a verdadeira obra de Deus.
E a Espiritualidade diz: o maior perigo do materialismo não é em vida mas sim depois da morte pois se acreditamos que a vida é só matéria, nossa consciência ao morrermos ficará presa a matéria.
E é assim o arquétipo de Satã, ele expulso da presença de Deus, fica preso à matéria e quer escravizar os humanos à ela também. Ele faz com que nossa sociedade se ligue ao materialismo e principalmente ao dinheiro para que sintam junto com ele a angústia de ter sido expulso da presença de Deus. Satã fazia parte de uma hoste celestial antes disso e mandado à terra, privado da presença de Deus, ele se revolta e escraviza os seres humanos como vingança por eles terem sido a causa de todo o seu sofrimento.
O sopro que cala é o verbo quieto, contrário do Verbo de Deus, o Logos, a sabedoria. Ao podermos falar, podemos também expressar nossa sabedoria. A Deusa da Sabedoria também é Deusa do Amor. Sabedoria e Amor estão intimamente ligados. Por isso quem não conhece o verdadeiro Amor ou quem não o tem, fica como Satã, preso dentro de si mesmo, do seu corpo e de tudo o que o envolve externamente, numa frieza de alma, no vazio, trancado, sem poder se expressar, os seus sentimentos e a sua sabedoria.
E por isso nos vem todo o sofrimento de hoje em dia, o congelamento de nossas emoções, o não querer entrar em contato consigo mesmo, com coisas mais emotivas como poesias. Quando deixamos Poesias falar à nossa alma, no vêm lágrimas aos olhos. Essas lágrimas foram sentimentos contidos e que ao extravazarem com Poesias por exemplo, provocam catarses. A poesia quer falar direto para a Alma, libertá-la desse aprisionamento, dessa escuridão fria. Ela é entregue às pessoas como dádivas e só podem aproveitá-las quem se deixar penetrar e absorver por elas. Poesias são espíritos, cada uma delas fala de algo que faz parte de um imenso Amor. Por isso, a maioria das poesias falam de Amor, o amor e suas diversas interferências, principalmente as do poeta e de seus sentimentos.
Existem poesias mais racionais e estas estão ligadas à Sabedoria. Outras mais sentimentais e estas estão ligadas ao Amor. Minhas poesias vem das duas coisas juntas, ou seja, do inconsciente coletivo que em suma é Deus e deuses, os arquétipos, os mitos, tudo misturado. Estou tentando explicar-me, o que penso, o que sinto, o que vejo, o que me aconteceu ao escrevê-las. Muita gente assistiu à peça Asas da Mente e o que dizesseram sobre elas, é que são bem profundas e fortes. Eu explico que são profundas justamente por isso por virem do inconsciente, força essa imensurável que a loucura fez com que me invadisse, primeiramente de forma insurportável e com a ajuda de remédios, essa força pôde ser controlada. Como eu mesma falo no livro: Uma imagem de uma torneira que abriu jorrando água sem parar (água é símbolo do inconsciente) e aos poucos pude ir controlando esse fluxo, principalmente ao escrever.
Tenho a sorte de poder ter tido a chance de fazer isso e quero colaborar para que outras pessoas também consigam sem passar por todo sofrimento que passei. Espero estar sendo útil.
No Olho do furacão
Eu dava aulas para um casal de personal na piscina. Eu entrei junto na água e nesse dia eles tinham levado o filho de quase uns 30 anos, ele era muito sedentário para a idade. No final da aula dei um relaxamento em que eles podiam flutuar na água. Ele tinha uma barba cumprida e cabelos longos, magro. Ao flutuar de barriga para cima com os braços abertos, olhei para ele e me veio a imagem perfeita de Cristo. Ele se levantou, depois de durante a aula ter me contado das suas dificuldades com o sedentarismo e estar sentindo muita ferrugem no corpo e disse: "O negócio é salvar a Alma, porque o corpo já era". Isso me marcou e fiquei com a imagem dele flutuando e depois me dizendo isso. Então, escrevi:
No olho do furacão tudo gira em volta / algo se mantêm em meio a destruição / (a alma se mantêm)
Olha para ela e nem pisca / porque se o fizesse perderia a guerra / (olha para a alma e não pode titubear)
Sangraria em palavras como estas, vermelhas / (a dor, por se dar conta ao escrever)
Dizendo o quanto o senhor da destruição machuca aos olhos de quem está de fora do furacão / (o olho reflete a alma e o corpo está de fora)
Numa mão canhota e dolorida / (a mão faz parte do corpo mas reflete o que os olhos veêm)
Porque o furacão / o furacão / o furacão / (o senhor da destruição, da morte)
Está no corpo e a Alma quer ser salva. (quer ser imortal).
Estar atento às mensagens que o plano espiritual nos envia, no caso a imagem trazida por um aluno que apenas veio 1 vez na minha aula. Meu trabalho de professora de Educação Física é uma tentativa de fazer com que as pessoas façam do corpo, reflexo da sua alma. Corpo são em mente sana.
Na peça Asas da mente, essa poesia é declamada pela Musa da Poesia, Erato na parte em que sou tentada por Lúcifer. Ele diz que me oferecerá tudo e não pede nada em troca. Mas Lúcifer quer nossa alma?
Eu me entreguei a ele? Não. Eu o trasnformei dentro de mim de mal em bem. Ao tomar consciência do bem e do mal na minha vida, eu tentei me redimir junto com ele e no final ele, como um sátiro diz que nós desataremos esses nós de karma da humanidade e de cada um ao experimentar do fruto, da maça, ao abrir os olhos, passar por sofrimento e dor (a doença) e superá-la, encontrar a vida perfeita de antes, só que dessa vez com consciência, fazendo o nosso caminho, sendo Deus de nós, encontrando o Deus, a força interior, a coragem que está no coração. Manter essa Luz acesa, essa chama de vida e não confundí-la com a Luz de Lúcifer, da consciência. Isto é a Antroposofia em mim pois como Rudolf Steiner disse: A Antroposofia precisa ser vivida e não apenas teorizada. Enxergar as doenças ou as crises como meios de cura, elas vem para curar o que estava errado. O que desencadeia uma crise, na verdade não é a causa primeira e sim uma espécie de imperfeição que passa a reinar nas nossas vidas, uma sujeirinha em meio ao paraíso, em meio a perfeição. Tudo era perfeito no meu Jardim de flores? Não, havia uma insatisfação que eu não queria ver, um desapontamento.
Ao encarar o mal em mim, a doença, algo aconteceu. Luz virou Fogo na floresta, uma lareira em meio a um círculo, uma Dança de seres inconscientes: o avô, o médico (Grande Pai), a sogra (Grande Mãe ou um deus indiano), o professor (centauro e o mestre, um buda), a espiritualidade (a sacerdotiza), Lúcifer ( o sátiro), a Poesia (Erato), Anne Frank e a adolescência, o despertar da sexualidade e da feminilidade (as ninfas), o homem amado (anjos caídos)....tudo se trasnforma de consciência em inconsciencia e de inconsciencia em consciência. Trasnpor esse caminho, viajar entre o corpo e a alma é nossa missão. Assim, estaremos nos salvando, nos curando.
A Dança do fogo, do sol: Evoé! Antes e depois. Antes de sofrer e depois de sofrer. Que isso possa ser uma catarse para todos.
Por isso: eu adquiri consciência da minha loucura e abro o caminho para que outras pessoas tenham da sua. Podemos nos destruir ou nos salvar. A escolha é de cada um. Estamos no olho do furacão. Olhe para si mesmo, para o seu interior, para sua alma e descubra na sua mão a obra de Deus, a verdadeira obra. O trabalho que dignifica.
Eu dava aulas para um casal de personal na piscina. Eu entrei junto na água e nesse dia eles tinham levado o filho de quase uns 30 anos, ele era muito sedentário para a idade. No final da aula dei um relaxamento em que eles podiam flutuar na água. Ele tinha uma barba cumprida e cabelos longos, magro. Ao flutuar de barriga para cima com os braços abertos, olhei para ele e me veio a imagem perfeita de Cristo. Ele se levantou, depois de durante a aula ter me contado das suas dificuldades com o sedentarismo e estar sentindo muita ferrugem no corpo e disse: "O negócio é salvar a Alma, porque o corpo já era". Isso me marcou e fiquei com a imagem dele flutuando e depois me dizendo isso. Então, escrevi:
No olho do furacão tudo gira em volta / algo se mantêm em meio a destruição / (a alma se mantêm)
Olha para ela e nem pisca / porque se o fizesse perderia a guerra / (olha para a alma e não pode titubear)
Sangraria em palavras como estas, vermelhas / (a dor, por se dar conta ao escrever)
Dizendo o quanto o senhor da destruição machuca aos olhos de quem está de fora do furacão / (o olho reflete a alma e o corpo está de fora)
Numa mão canhota e dolorida / (a mão faz parte do corpo mas reflete o que os olhos veêm)
Porque o furacão / o furacão / o furacão / (o senhor da destruição, da morte)
Está no corpo e a Alma quer ser salva. (quer ser imortal).
Estar atento às mensagens que o plano espiritual nos envia, no caso a imagem trazida por um aluno que apenas veio 1 vez na minha aula. Meu trabalho de professora de Educação Física é uma tentativa de fazer com que as pessoas façam do corpo, reflexo da sua alma. Corpo são em mente sana.
Na peça Asas da mente, essa poesia é declamada pela Musa da Poesia, Erato na parte em que sou tentada por Lúcifer. Ele diz que me oferecerá tudo e não pede nada em troca. Mas Lúcifer quer nossa alma?
Eu me entreguei a ele? Não. Eu o trasnformei dentro de mim de mal em bem. Ao tomar consciência do bem e do mal na minha vida, eu tentei me redimir junto com ele e no final ele, como um sátiro diz que nós desataremos esses nós de karma da humanidade e de cada um ao experimentar do fruto, da maça, ao abrir os olhos, passar por sofrimento e dor (a doença) e superá-la, encontrar a vida perfeita de antes, só que dessa vez com consciência, fazendo o nosso caminho, sendo Deus de nós, encontrando o Deus, a força interior, a coragem que está no coração. Manter essa Luz acesa, essa chama de vida e não confundí-la com a Luz de Lúcifer, da consciência. Isto é a Antroposofia em mim pois como Rudolf Steiner disse: A Antroposofia precisa ser vivida e não apenas teorizada. Enxergar as doenças ou as crises como meios de cura, elas vem para curar o que estava errado. O que desencadeia uma crise, na verdade não é a causa primeira e sim uma espécie de imperfeição que passa a reinar nas nossas vidas, uma sujeirinha em meio ao paraíso, em meio a perfeição. Tudo era perfeito no meu Jardim de flores? Não, havia uma insatisfação que eu não queria ver, um desapontamento.
Ao encarar o mal em mim, a doença, algo aconteceu. Luz virou Fogo na floresta, uma lareira em meio a um círculo, uma Dança de seres inconscientes: o avô, o médico (Grande Pai), a sogra (Grande Mãe ou um deus indiano), o professor (centauro e o mestre, um buda), a espiritualidade (a sacerdotiza), Lúcifer ( o sátiro), a Poesia (Erato), Anne Frank e a adolescência, o despertar da sexualidade e da feminilidade (as ninfas), o homem amado (anjos caídos)....tudo se trasnforma de consciência em inconsciencia e de inconsciencia em consciência. Trasnpor esse caminho, viajar entre o corpo e a alma é nossa missão. Assim, estaremos nos salvando, nos curando.
A Dança do fogo, do sol: Evoé! Antes e depois. Antes de sofrer e depois de sofrer. Que isso possa ser uma catarse para todos.
Por isso: eu adquiri consciência da minha loucura e abro o caminho para que outras pessoas tenham da sua. Podemos nos destruir ou nos salvar. A escolha é de cada um. Estamos no olho do furacão. Olhe para si mesmo, para o seu interior, para sua alma e descubra na sua mão a obra de Deus, a verdadeira obra. O trabalho que dignifica.
Tuesday, December 19, 2006
Pégasus
Guiada pela força de um cavalo, eu fui escrevendo Pégasus. Eu estava num estágio pré-surto de muita criatividade. Olhei para uma imagem de um centauro, meio homem, meio cavalo alado. Quis viajar em suas ancas e sentir-me um só com ele como num ato sexual. Queria ser levada para algum lugar na presença de um deus,voar, livre com os cabelos ao vento. Tudo se passava em minha mente, por isso: As Asas da mente..
Estava medindo nossas forças, as minhas e as do cavalo como numa balança que pesa os dois lados: o divino e o humano. Onde está o ódio e a guerra? Onde está o Amor e a paz? São forças contrárias que necessitam uma das outras para poder o mundo caminhar em direção à evolução e à presença divina, No caso Zeus , o deus da justiça.
Ele me enviara o seu Pégasus mitológico para fecundar uma viagem em direção à ele. Faria um julgamento: o homem a quem me dispunha amar, era como ele?
No Portal entre o mundo divino e humano, eu passei. Me vi na loucura de ser imortal com essa poesia. Ela atravessaria o tempo e o espaço e procuraria derrubar tabus: o Deus cavalo, pretensa hipótese para a insignificância do homem. O preconceito. É preciso improvisar, encontrar uma forma de dizer isso sem causar escândalo. Apenas nas Asas da mente da loucura isso seria possível.
Atravessar o divino e o profano, as portas da vida e da morte... Somente a galope isso é provável. Cavalgar, trotar, empinar, coicear, fazer qualquer coisa, tudo que se dispõe para um dia chegar do outro lado e ver que o mundo vale à pena. O sexo, o Amor, seja lá como for.
Poesia:
Pégue-me Azul, leve-me leve para o anil viril. Cavalgue minhas ancas, trote meus pés, balance minhas estruturas, voe meus cabelos: essas Asas da Mente. Quero sentir a voz do relincho de um deus na minha pele, estremecendo o olhar, ouvindo o ritmo do cavalgar, na hipnose do tempo, na conquista do espaço - passo a passo - Empine e coice como o pêndulo da balança que mede forças com a terra, derrubando tabus, lançando mão do improviso. Soprando o vento do ódio e da guerra. Trazendo o fogo do Amor e da Paz.
O que a Poesia me trouxe e ainda trará:
Na justiça divina, antes de chegar lá, haverá de se estremecer, ouvir o ritmo de um caminhar lento, o tempo não passará mas caminhará - passo a passo - sentirás como se duas forças te conduzissem, uma a fim de parar, esperar e outra a fim de avançar como numa estratégia de guerra na vida. Chegarás afinal na minha presença e eu te ofertarei meu Amor.
E Ela diz:
Pegue, o livro é seu. Leve-me leve. Sou Tua. Eu te ofertarei o Amor de Deus.
Seria meu próximo livro, azul?
Onde ele me levará? Leve....
Guiada pela força de um cavalo, eu fui escrevendo Pégasus. Eu estava num estágio pré-surto de muita criatividade. Olhei para uma imagem de um centauro, meio homem, meio cavalo alado. Quis viajar em suas ancas e sentir-me um só com ele como num ato sexual. Queria ser levada para algum lugar na presença de um deus,voar, livre com os cabelos ao vento. Tudo se passava em minha mente, por isso: As Asas da mente..
Estava medindo nossas forças, as minhas e as do cavalo como numa balança que pesa os dois lados: o divino e o humano. Onde está o ódio e a guerra? Onde está o Amor e a paz? São forças contrárias que necessitam uma das outras para poder o mundo caminhar em direção à evolução e à presença divina, No caso Zeus , o deus da justiça.
Ele me enviara o seu Pégasus mitológico para fecundar uma viagem em direção à ele. Faria um julgamento: o homem a quem me dispunha amar, era como ele?
No Portal entre o mundo divino e humano, eu passei. Me vi na loucura de ser imortal com essa poesia. Ela atravessaria o tempo e o espaço e procuraria derrubar tabus: o Deus cavalo, pretensa hipótese para a insignificância do homem. O preconceito. É preciso improvisar, encontrar uma forma de dizer isso sem causar escândalo. Apenas nas Asas da mente da loucura isso seria possível.
Atravessar o divino e o profano, as portas da vida e da morte... Somente a galope isso é provável. Cavalgar, trotar, empinar, coicear, fazer qualquer coisa, tudo que se dispõe para um dia chegar do outro lado e ver que o mundo vale à pena. O sexo, o Amor, seja lá como for.
Poesia:
Pégue-me Azul, leve-me leve para o anil viril. Cavalgue minhas ancas, trote meus pés, balance minhas estruturas, voe meus cabelos: essas Asas da Mente. Quero sentir a voz do relincho de um deus na minha pele, estremecendo o olhar, ouvindo o ritmo do cavalgar, na hipnose do tempo, na conquista do espaço - passo a passo - Empine e coice como o pêndulo da balança que mede forças com a terra, derrubando tabus, lançando mão do improviso. Soprando o vento do ódio e da guerra. Trazendo o fogo do Amor e da Paz.
O que a Poesia me trouxe e ainda trará:
Na justiça divina, antes de chegar lá, haverá de se estremecer, ouvir o ritmo de um caminhar lento, o tempo não passará mas caminhará - passo a passo - sentirás como se duas forças te conduzissem, uma a fim de parar, esperar e outra a fim de avançar como numa estratégia de guerra na vida. Chegarás afinal na minha presença e eu te ofertarei meu Amor.
E Ela diz:
Pegue, o livro é seu. Leve-me leve. Sou Tua. Eu te ofertarei o Amor de Deus.
Seria meu próximo livro, azul?
Onde ele me levará? Leve....
Imagem: Bernardo de Gregório
Modelo: Alex lorenzo
A Mãe do Universo
A Mãe do Universo passou por minhas veias para infiltrar no meu
querer a vontade de ser filho(a) sem sexo. Experimentar gozar ao vento e criar no fogo. Abrir as comportas do ventre para aquele que couber nele. Nesse ritual sou Virgem com filhos. Tenho coroa de espinhos. Sangro na testa aquela que fui para renascer de mim mesma e doar fortaleza.
Interpretação dos pré-dizeres da poesia "A Mãe do Universo":
Quem lê ou ouve esta poesia pode sentir a força das palavras mas talvez não entenda o que esteve por trás delas.
Quando escrevi essa poesia, eu estava em pleno surto, sofrendo muito. Havia um ser que me fazia uma espécie de assédio mental, ao mesmo tempo que o amava, eu me sacrificava. Haveria um ritual de casamento entre nós dois. Eu sofria muito por estar em surto tendo vivências que pareciam até satânicas por se tratar de ritual de sacrifício. Eu era a noiva que iria ser sacrificada para este tal ser que consumia todas as minhas energias mentais. Fui levada (em pensamento e sentindo as imagens dele) em uma cama erguida por alguns homens, vestida de noiva e com uma coroa de espinhos. Sentia minha testa sangrar como suor. Eu chorava desesperadamente. Sentia muito medo. Houve uma espécie de possessão sexual por parte desse ser enquanto eu sentia como se meu sexo ardesse em fogo. Nessa fase, ele quis penetrar por inteiro em meu ventre através da vagina e percorrê-lo como um túnel através de toda a minha vida como um filho que quer conhecer toda a história de sua Mãe. Nesse ponto, eu me sentia como a Mãe do Universo gestando minha própria história de Amor e sacrifício.
Toda mulher tem em si a Mãe do Universo que primeiramente se doa, sua força para o homem escolhido e depois o tem como um filho ou filha que renasce em seu próprio ventre fazendo dele uma história de vida e de Amor. A mulher tem que querer isto, o sacrifício pelo homem e pelos filhos com todas as suas forças. Forças estas que são bem representadas por uma mulher flamenca, uma bruxa de sangue quente e calor nas veias.
Quando uma mulher diz: Quero sim com o vigor que estas palavras tem, algo milagroso acontece. Sua ordem é cumprida. Ela tem que querer mesmo. Por isso, a continuação da Poesia:
Quero sim, com os cabelos ao vento, ficar por um fio e renascer das cinzas.
Interpretação dos pré-dizeres da poesia "A Mãe do Universo":
Quem lê ou ouve esta poesia pode sentir a força das palavras mas talvez não entenda o que esteve por trás delas.
Quando escrevi essa poesia, eu estava em pleno surto, sofrendo muito. Havia um ser que me fazia uma espécie de assédio mental, ao mesmo tempo que o amava, eu me sacrificava. Haveria um ritual de casamento entre nós dois. Eu sofria muito por estar em surto tendo vivências que pareciam até satânicas por se tratar de ritual de sacrifício. Eu era a noiva que iria ser sacrificada para este tal ser que consumia todas as minhas energias mentais. Fui levada (em pensamento e sentindo as imagens dele) em uma cama erguida por alguns homens, vestida de noiva e com uma coroa de espinhos. Sentia minha testa sangrar como suor. Eu chorava desesperadamente. Sentia muito medo. Houve uma espécie de possessão sexual por parte desse ser enquanto eu sentia como se meu sexo ardesse em fogo. Nessa fase, ele quis penetrar por inteiro em meu ventre através da vagina e percorrê-lo como um túnel através de toda a minha vida como um filho que quer conhecer toda a história de sua Mãe. Nesse ponto, eu me sentia como a Mãe do Universo gestando minha própria história de Amor e sacrifício.
Toda mulher tem em si a Mãe do Universo que primeiramente se doa, sua força para o homem escolhido e depois o tem como um filho ou filha que renasce em seu próprio ventre fazendo dele uma história de vida e de Amor. A mulher tem que querer isto, o sacrifício pelo homem e pelos filhos com todas as suas forças. Forças estas que são bem representadas por uma mulher flamenca, uma bruxa de sangue quente e calor nas veias.
Quando uma mulher diz: Quero sim com o vigor que estas palavras tem, algo milagroso acontece. Sua ordem é cumprida. Ela tem que querer mesmo. Por isso, a continuação da Poesia:
Quero sim, com os cabelos ao vento, ficar por um fio e renascer das cinzas.
Correr por entre labaredas no fogo da ventania e vestir a carapuça de mulher flamenca.
Quero sim, gozar de mim mesma debaixo da Alvorada com a lua no céu armada. Brigar de brincar, seja lá no que for dar.
Tudo para o Amor atravessar o túnel de toda a minha vida.
Pode ser fantasia da minha parte mas gostaria de citar o exemplo de nossa querida atriz Patrícia da peça Asas da Mente que queria há algum tempo engravidar e não estava conseguindo e na época da estréia da peça ela engravidou. Como ninguém, Patrícia declama essa poesia com muita força e intensidade na voz como que querendo mesmo.
Como uma Mãe do Universo, eu trago pessoas para meu Universo contando e expondo minha história de vida. Elas podem viajar através desse meu tempo e conhecer-me por dentro.
Arriscar-me, ficar por um fio. Auto-sacrifício, sangrar na testa como um Cristo que casa com a humanidade. Na verdade, meu casamento foi com um homem fantástico, meio anjo, meio demônio. Eu, como o arquétipo de Eva e ele como arquétipo de Lúcifer. Foi nossa redenção, pagamento dos pecados, beber do bem e do mal e se conscientizar de que o homem é a Luz e ao mesmo tempo sexo e amor. É doação, é sacrifício. É sofrimento. É a tentativa de voltar ao paraíso, se iludir com isso e encontrá-lo de alguma forma na realidade, seja no sexo, seja no amor. Quem valoriza mais o sexo encontra o paraíso em suas práticas. Quem valoriza mais o Amor, encontra o paraíso vivendo um relacionamento de cumplicidade e entrega. Basta conseguirmos achá-lo nas pessoas.
O fruto é sempre um filho, um livro, uma árvore. E de repente: Uma peça teatral trazida por uma Poesia ou um Cavalo Azul.
Pode ser fantasia da minha parte mas gostaria de citar o exemplo de nossa querida atriz Patrícia da peça Asas da Mente que queria há algum tempo engravidar e não estava conseguindo e na época da estréia da peça ela engravidou. Como ninguém, Patrícia declama essa poesia com muita força e intensidade na voz como que querendo mesmo.
Como uma Mãe do Universo, eu trago pessoas para meu Universo contando e expondo minha história de vida. Elas podem viajar através desse meu tempo e conhecer-me por dentro.
Arriscar-me, ficar por um fio. Auto-sacrifício, sangrar na testa como um Cristo que casa com a humanidade. Na verdade, meu casamento foi com um homem fantástico, meio anjo, meio demônio. Eu, como o arquétipo de Eva e ele como arquétipo de Lúcifer. Foi nossa redenção, pagamento dos pecados, beber do bem e do mal e se conscientizar de que o homem é a Luz e ao mesmo tempo sexo e amor. É doação, é sacrifício. É sofrimento. É a tentativa de voltar ao paraíso, se iludir com isso e encontrá-lo de alguma forma na realidade, seja no sexo, seja no amor. Quem valoriza mais o sexo encontra o paraíso em suas práticas. Quem valoriza mais o Amor, encontra o paraíso vivendo um relacionamento de cumplicidade e entrega. Basta conseguirmos achá-lo nas pessoas.
O fruto é sempre um filho, um livro, uma árvore. E de repente: Uma peça teatral trazida por uma Poesia ou um Cavalo Azul.
O que há por detrás do belo? O que um olho vê e o outro cega? É a luz interior que procuras na vela, na escuridão, um ponto de liberdade, uma estrela, um ser que fica na saudade da presença divina, do paraíso e de Eva? Essa serpente que tenta a consciência espera, mas é só fumaça clara na nebulosa coragem, para na real vontade enfrentar no mundo, a maldade. E a mim, a espiritualidade vai se perder na sombra de tua vontade, por ver tão bela figura rondar-te o corpo, sem saber quem era...
Cena do demônio (Lúcifer) de "Asas da Mente" com Wilson Roque Basso. Poesia declamada por Mayra (A Espiritualidade) antes que Lúcifer saia do poço enquanto suas asas vêm do alto.
Monday, December 18, 2006
Vinhas pelas vinhas do sangue
e corrias pelas veias de mim.
As pedras que atiram são meu corpo:
pedras sobre pedras...
As areias do deserto sem fim,
minh’alma ressequida pela fome de ti:
areias e mais areias...
Mas em outra parte de mim,
corre o líquido ventral da Mãe,
daquela que me fez de pedra ao mar;
de areia à terra fértil do Nilo.
Destrói meu corpo, deserta minh’alma.
Pedras... Areias...
Mas os líquidos de mim permanecem intactos.
Pois de ti tirei meus pecados de pedra
e de ti preenchi minha solidão de deserto.
O meu sangue é o teu sangue,
o teu suor é meu suor,
ó sêmen, que me fez ser Mulher!
Imagem: Bernardo de Gregório
e corrias pelas veias de mim.
As pedras que atiram são meu corpo:
pedras sobre pedras...
As areias do deserto sem fim,
minh’alma ressequida pela fome de ti:
areias e mais areias...
Mas em outra parte de mim,
corre o líquido ventral da Mãe,
daquela que me fez de pedra ao mar;
de areia à terra fértil do Nilo.
Destrói meu corpo, deserta minh’alma.
Pedras... Areias...
Mas os líquidos de mim permanecem intactos.
Pois de ti tirei meus pecados de pedra
e de ti preenchi minha solidão de deserto.
O meu sangue é o teu sangue,
o teu suor é meu suor,
ó sêmen, que me fez ser Mulher!
Imagem: Bernardo de Gregório
O momento que virei escritora
Tem horas que a gente não lembra o momento mais feliz da vida.
Eu era criança, meu avô era administrador de uma fazenda.
Havia no escritório uma máquina de escrever antiga, novidade para a época.
Eu tinha 5 anos e não sabia escrever.
Mas adorava quando meu avô deixava eu brincar na máquina de escrever.
Para mim, era como mágica, apertar botões e letrinhas saírem no papel.
Eu perguntava para meu avô: o que posso escrever?
E ele dizia: fale de você....
E eu respondia: mas não sei escrever!
"Tente, minha netinha, vou ditar para você:
Meu nome é Deborah, tenho 5 anos. Quando crescer vou ser escritora"
Eu apertava qualquer botão e pedia para ele ler para mim o que tinha escrito.
Ele lia. E eu questionava: como escrevi isto se não sei escrever?
"Você escreveu sim, eu li. Você fez mágica!"
Que legal, vou mostrar para minha mãe!
Meu avô rasgava o papel dizendo: Não, não pode.
Ninguém pode saber que você é uma bruxinha.
Isto é um segredo só nosso.
Eu guardei nosso segredo.
Mas hoje gostaria de revelar....
Tem horas que a gente não lembra o momento mais feliz da vida.
Eu era criança, meu avô era administrador de uma fazenda.
Havia no escritório uma máquina de escrever antiga, novidade para a época.
Eu tinha 5 anos e não sabia escrever.
Mas adorava quando meu avô deixava eu brincar na máquina de escrever.
Para mim, era como mágica, apertar botões e letrinhas saírem no papel.
Eu perguntava para meu avô: o que posso escrever?
E ele dizia: fale de você....
E eu respondia: mas não sei escrever!
"Tente, minha netinha, vou ditar para você:
Meu nome é Deborah, tenho 5 anos. Quando crescer vou ser escritora"
Eu apertava qualquer botão e pedia para ele ler para mim o que tinha escrito.
Ele lia. E eu questionava: como escrevi isto se não sei escrever?
"Você escreveu sim, eu li. Você fez mágica!"
Que legal, vou mostrar para minha mãe!
Meu avô rasgava o papel dizendo: Não, não pode.
Ninguém pode saber que você é uma bruxinha.
Isto é um segredo só nosso.
Eu guardei nosso segredo.
Mas hoje gostaria de revelar....
Foto: Cena do avô em "Asas da Mente" com: "Os Seres do Inconsciente", "Anne FranK", "O Demônio", "o Avô", "A Poesia" e "Deborah escrevendo sua primeira poesia".
Poesia apresentada no lounge do teatro Centro da Terra com projeção de slides no evento cultural pré-espetáculo de "Asas da Mente".
Fotos: Bernardo de Gregório
Modelo: Alex Lorenzo (o anjo, o nazista, o afogado, o cavaleiro de "Asas da Mente")
Quando um anjo me diz:
Tenho um sono tranquilo
Ao te ver, bela
Deitada no mar
Como uma caravela a vagar
Tenho um corpo infinito
A te acompanhar
Por onde quer que vás
Como um cisne a nadar
Perco o sono tranquilo
Quando dormes
E não sei onde estás
Nem em terra, nem ao mar
Perco a vida etérea
No instante em que acordas
E não me achas
Deitado ao teu lado
Ganho um beijo
Quando te sorris internamente
Lembrando do quanto te amo
E faço planos para ambos
Que é daqui alguns anos
Estarmos sós à luz da lua
No meio de um olhar
A nos amar
Quando um anjo me diz: "Amo-te"
Escrevo o amor que ouço
Sinto a liberdade da Luz
Que derrama pelos meus dedos
E perco as palavras num minuto
Esperando a inspiração
Acho-as quando ele se cala
E eu fico só no escuro
É Quando ele vai embora
Diminui o lampejo
Fica apenas as asas do pensamento
E nenhum sentimento.
Poesia inspirada no olhar de Mayra Cordeiro, a Sacerdotiza de Asas da Mente (making off).
Mistério do Olhar
Há um mistério em toda mulher
Uma deusa, uma sacerdotiza
Que se revela no olhar
Há aquelas que guardam uma criança
Que quer ser a predileta, a escolhida
E outras distantes, com o olhar no horizonte
Enxergam o futuro, o segredo do mundo
Às vezes me pego com o olhar hipnótico
Admirando vazia o outro, o ser humano
O mundo me parece perfeito
Porque simplesmente existe o olhar
E me pergunto:
Qual o mistério Maior?
Está nas escrituras?
Ou na alma humana revelada no olhar?
Nas luzes que nos iluminam?
Ou quando nos olhamos
Olho no olho
E descobrimos o verdadeiro Amor?
Existe um olhar também que é cego de visão
Está na poesia, em cada toque sensual
Ele está quando ouço minha inspiração
Que é um segredo ainda não revelado
Até para mim
Suspeito: que vem de Deus...
Há um mistério em toda mulher
Uma deusa, uma sacerdotiza
Que se revela no olhar
Há aquelas que guardam uma criança
Que quer ser a predileta, a escolhida
E outras distantes, com o olhar no horizonte
Enxergam o futuro, o segredo do mundo
Às vezes me pego com o olhar hipnótico
Admirando vazia o outro, o ser humano
O mundo me parece perfeito
Porque simplesmente existe o olhar
E me pergunto:
Qual o mistério Maior?
Está nas escrituras?
Ou na alma humana revelada no olhar?
Nas luzes que nos iluminam?
Ou quando nos olhamos
Olho no olho
E descobrimos o verdadeiro Amor?
Existe um olhar também que é cego de visão
Está na poesia, em cada toque sensual
Ele está quando ouço minha inspiração
Que é um segredo ainda não revelado
Até para mim
Suspeito: que vem de Deus...
Livre
Livre da opressão
Livre da arrôgancia
Livre da prisão
De ser só em meu mundo
De ilusões.
De um mar que respinga
Eu me ergo até a lua
Deixo os meus monstros
para trás.
As sombras do meu mal
Que é ser assim.
Deixo os meus castelos
Deixo a minha coroa
Para os infernos de mim.
Na amplidão da vida
Eu quero gozar e brilhar
Minhas luzes, minhas poesias.
E que o arco da consciência
De um corpo de estrelas,
Vozes que me falam,
Orientem o meu caminho
para que eu possa
cada vez mais
Honrar meu nome.
Livre da opressão
Livre da arrôgancia
Livre da prisão
De ser só em meu mundo
De ilusões.
De um mar que respinga
Eu me ergo até a lua
Deixo os meus monstros
para trás.
As sombras do meu mal
Que é ser assim.
Deixo os meus castelos
Deixo a minha coroa
Para os infernos de mim.
Na amplidão da vida
Eu quero gozar e brilhar
Minhas luzes, minhas poesias.
E que o arco da consciência
De um corpo de estrelas,
Vozes que me falam,
Orientem o meu caminho
para que eu possa
cada vez mais
Honrar meu nome.
A História de Magdalena começa em tempos imemoriais, quando de Deusa faz-se a Mulher e de Mulher faz-se a Deusa que habita o paraíso dos céus nos dias de hoje. E através da Arte se manifesta aqui na Terra.
Havia um tempo em que o rio corria nas margens de um sorriso. Era bela a noite que caia sobre os cabelos da deusa. Iluminava o olhar das estrelas, a face da sabedoria. Em sonhos, o mar se abria para receber os beijos do divino. O sal da terra experimentava o sabor do mel..... Verde olhar, via o horizonte em chamas pelo Sol de abril. Abria mil dedos em destinos sombrios, a vela do Eu. Em cada nascer um pavio. Caminhando em sons de vento pela areia do deserto, a voz da vida e do amor, chegou aqui. E surgiu a poesia a Magdalena. De vermelho vivo, o sangue dela corre nas veias de um paraíso. Um corpo amalgamado pelas lembranças do passado e pelas esperanças de futuro.
Havia um tempo em que o rio corria nas margens de um sorriso. Era bela a noite que caia sobre os cabelos da deusa. Iluminava o olhar das estrelas, a face da sabedoria. Em sonhos, o mar se abria para receber os beijos do divino. O sal da terra experimentava o sabor do mel..... Verde olhar, via o horizonte em chamas pelo Sol de abril. Abria mil dedos em destinos sombrios, a vela do Eu. Em cada nascer um pavio. Caminhando em sons de vento pela areia do deserto, a voz da vida e do amor, chegou aqui. E surgiu a poesia a Magdalena. De vermelho vivo, o sangue dela corre nas veias de um paraíso. Um corpo amalgamado pelas lembranças do passado e pelas esperanças de futuro.
Sunday, December 17, 2006
Faça seu Pedido para a fada de "Asas da Mente"
Tire a poeira das lágrimas
Abra um sorriso
Beije de leve a face da Lua
Alise os cabelos do Sol
Amanse a paz do teu coração
Acalme o mar da tua revolução
Chore então, lágrimas de alegria
Senão, ria entre as janelas da boca
"Io che amo solo te"
Cante isso para a vida
Não quero te ver mais triste assim
"o sole mio"!
Olha lá no céu!
"Que bela noche"
Faça o teu pedido para a estrela
Essa poesia irá atendê-lo.
Boas festas!
Tire a poeira das lágrimas
Abra um sorriso
Beije de leve a face da Lua
Alise os cabelos do Sol
Amanse a paz do teu coração
Acalme o mar da tua revolução
Chore então, lágrimas de alegria
Senão, ria entre as janelas da boca
"Io che amo solo te"
Cante isso para a vida
Não quero te ver mais triste assim
"o sole mio"!
Olha lá no céu!
"Que bela noche"
Faça o teu pedido para a estrela
Essa poesia irá atendê-lo.
Boas festas!
modelo: Tatiana Lohmann, a "Fada" do vídeo de "Asas da Mente"
Sibili, viste meus olhos?
Escondeste tuas mágoas de mim?
Pois eu, tenho teus sonhos guardados...
Enquanto dormes, de leve, pouso meu olhar sobre ti
Penetro teu íntimo tesouro, mente insana...
Quer que te lembre o que vi?
Pois sim, de relance sabes que vi teus desejos de mim
Sabes voar agora que sei que tuas pernas estão amarradas no tronco da vida, da vida sofrida, doída, fingida?
Sabes que teu gozo, é pela metade assim como o meu?
Sei de ti, minha florzinha...
Sei que guardas o êxtase no meio das pernas
E nunca foi até o fim...
Porém, ao acordares amanhece pela metade tua vida
São asas no dorso e delírios na frente...
Pousa o tronco o desejo mais perfumoso de ti
Não voas, não goza
Apenas esfrega, abraça aquela doce madeira, meu falo
minha natureza, dura, forte, espada
A pedra Mãe terra, muda o sexo do meu membro ereto
Siga reto, para o alto e um dia no céu encantado
Terás meus olhos fechados para o pó
Abertos para minha maior mandala-flor ...
Pólen te darei para fecundares de vez teu amor
Oh!Sibili da dor!
Havia um deus no sol da minha casa
Ele iluminava as janelas com raios violeta
Os pássaros faziam malabarismos quando ele vinha
Eu dançava a dança do sol, sinuosa
Nunca mais reparei o espetáculo que eu via
Minha alma se enchia de uma luz que doia
Estava morta para o dia-a-dia
Outro lugar habitava meu sangue, minha vida
Parece tão distante e irreal o passado
Como se outra pessoa tomasse meu corpo e minha vida
Conversava com espíritos que só a voz percebia
Doa a quem doer, era minha sina
E eu era quem me doia....
modelo: Alex Lorenzo, o "Anjo" de Asas da Mente
fotografia: Deborah Schcolnic
Deixe-me cair
como cai a noite
Aos poucos e sempre
para no dia seguinte
como num livro vivo
levantar em dia com a minha vida
Deixe-me cair
aos poucos e sempre
para no dia seguinte levantar
levantar sozinha, sem me apoiar
Deixe-me cair
como num sono
e sonhar
que no dia seguinte vou acordar
Levantar corajosamente
procurando um altar,
Um lugar mágico
no inconsciente
onde a espiritualidade está.
Fazer as pazes comigo mesma
a partir de um sonho lindo
que pela floresta caminho
levando poesia para o mundo
Trazendo um sonho-livro vivo
Para bem estar... ficar...sonhar...
Cai a noite, vem o dia
Vem o dia, cai a noite
Let me, Let me...alone
The one I will become
Will catch me
Aos poucos e sempre
para no dia seguinte
como num livro vivo
levantar em dia com a minha vida
Deixe-me cair
aos poucos e sempre
para no dia seguinte levantar
levantar sozinha, sem me apoiar
Deixe-me cair
como num sono
e sonhar
que no dia seguinte vou acordar
Levantar corajosamente
procurando um altar,
Um lugar mágico
no inconsciente
onde a espiritualidade está.
Fazer as pazes comigo mesma
a partir de um sonho lindo
que pela floresta caminho
levando poesia para o mundo
Trazendo um sonho-livro vivo
Para bem estar... ficar...sonhar...
Cai a noite, vem o dia
Vem o dia, cai a noite
Let me, Let me...alone
The one I will become
Will catch me
Quem sou duas
Quem de mim se lembra
Eu era outra.
Envelheço.
Sou mesma por fora,
Sou outra por dentro.
A cada estação, uma crise
me trasnforma.
Outono, inverno
Primavera ou verão,
Pinto-me feito cobra
E perco a pele da estação.
Envelheço por fora
Engrandeço por dentro.
No ciclo destas estações
Mordo o rabo e giro por inteiro.
A cada volta, um pensamento:
Aprendo mais de mim
Uma descoberta, a cada tempo.
Na última volta, sei quem sou.
Sou o que sou.
Sou mais uma em contemplação.
Sou outra em contra-tempo.
Deito-me ao meu lado
Espregruiço a cada manhã:
O Universo e o equilíbrio.
E digo:
"Mais um dia de mim".
Outro dia de outra terá fim.
Letter by victoria®
Graphic Andreas Raufeisen
September/2004
Caminho de mar
Parada no caminho, mente viajante
Cubro-me de cabeça, braços e mãos
Vou lá, lá onde meus cabelos cortados me levam a vagar
Da força que dei ao mar, respirei o ar que não tinha nas águas
Do brilho que dei no olhar, inspirei de poesias esse meu mar
São pequenos pontos de estrelas, vaga-lumes a rondar o mundo e o luar
Parada no caminho, mente viajante
Cubro-me de cabeça, braços e mãos
Vou lá, lá onde meus cabelos cortados me levam a vagar
Da força que dei ao mar, respirei o ar que não tinha nas águas
Do brilho que dei no olhar, inspirei de poesias esse meu mar
São pequenos pontos de estrelas, vaga-lumes a rondar o mundo e o luar
Lá no fundo do caminho onde minha mente vai dar, existe um castelo, um paraíso, um lar
Está ao lado de todas as máguas d´águas e onde um belo dia, vou acordar
Esquecendo-me delas, e tendo em mente apenas as viagens, lugares de almas
Um dia perdidas, outro dia encontradas, mas no fim, todas na Frátria Amada.
Imagem: Mr. B
Modelo: Deborah Schcolnic
Quando Magdalena fala a Jesus
Guarda em ti, o que tenho guardado em mim
No meu íntimo, a beleza de tuas palavras
Leve-me contigo para as luas por onde passar
Ilumina-te de ti em mim com tuas bençãos
Pouse tuas mãos sobre o meu coração...
Trazendo uma Deusa Mãe, fiel às noites de sabedoria...
Pondo-A em teu calvário, o Amor que teu Pai proclama
Para todos nós.
Aguardo, com ardor, as chamas de todos os perdões
De teus sermões, força maior.
Meu corpo ainda grita!
(Para a peça teatral "Magdalena" prevista para março de 2008)
Guarda em ti, o que tenho guardado em mim
No meu íntimo, a beleza de tuas palavras
Leve-me contigo para as luas por onde passar
Ilumina-te de ti em mim com tuas bençãos
Pouse tuas mãos sobre o meu coração...
Trazendo uma Deusa Mãe, fiel às noites de sabedoria...
Pondo-A em teu calvário, o Amor que teu Pai proclama
Para todos nós.
Aguardo, com ardor, as chamas de todos os perdões
De teus sermões, força maior.
Meu corpo ainda grita!
(Para a peça teatral "Magdalena" prevista para março de 2008)
Laila: conversa entre o deserto e a pedra
Por que esta noite é diferente de todas as outras?
Porque ouvi teu passos na areia
Por onde uma noite passa quando ela se deita?
Pela sensação de esperar deitar ao teu lado
Por que caminhos segue a noite adentro?
Pela volta da lua que sinto em teus braços quando me abraças
Em qual distância te tornas quando uma estrela cai na noite?
Na distância de nossos olhos
E qual essa distância?
Estão nas águas
Quando hei de me aproximar de uma noite de amor?
Quando Caíres no sono e sonhar....
Então sou essa pedra e você é um deserto
E as águas são nossos sentimentos de Amor
Por que esta noite é diferente de todas as outras? Porque na época do Pessach Judaico atravessa-se o deserto rumo à Liberdade. E no caso de Magdalena, ela atravessará os portais do sonho e da realidade, através do sonhar. Na liberdade do Amor, realizará seu maior sonho. E no sonho de liberdade, libertará o Amor.
Hiper Vazio
Existe uma dimensão
Onde nada acontece
Não há sentimento
Não há ação, nem pensamento
Apenas há ao pé de uma cruz
Alguém que chora e olha
Tudo vê, analisa e sabe
O que vai acontecer no tempo
O mundo de cabeça para baixo
Suspenso no ar
Uma flor no aquário
Onde não é o seu lugar
Pode-se olhar o sol
Que o sol não cegará
Pode-se cravar a terra
Que o pó não tragará
Não há a morte de fato
Não há tempo, nem espaço
Num breve segundo
O segundo tempo, não acaba
No entanto, se vive, corre e morde
As pernas não alcançam
A comida não digere
E a vida dimensiona tudo
O prazer, a carne, o sofrimento, a felicidade
Tudo é esse breve momento
Tudo é esse pequeno movimento
De se fechar em si mesmo
E penetrar no vazio
Hiper vazio
Hiper sutil
Com nada, com tudo
Apenas o que sobra é uma cruz que fica suspensa no ar
É alguém que viveu seu Eu
Quando o tempo todo existiu para todos
Quando o espaço era preenchido por Amor.
Quando alguém se pergunta porque sou tão calada,
Saiba que Eu estou no Tudo e no Nada
Viajando nas Tuas palavras...
Buda
Houve uma vez um príncipe superprotegido pelo pai, não conhecia a dor, a velhice, a doença, a morte e o trabalho sacrificado. O pai para esconder sua face envelhecida cobria o rosto. O príncipe cresceu em meio a festas, alegria e muita beleza. Ninguém notava sua precocidade, muito menos sua natureza especial. Certo dia, inquietado por tanta falsa felicidade, o príncipe decidiu sair dos limites do palácio. Seu pai ordenou que lhe fossem mostradas apenas coisas boas e bonitas e para tal, levou a riqueza do palácio para as ruas onde o príncipe passaria. Porém, curioso, o príncipe acabou mudando seu trajeto e correu atrás de um homem bem idoso. No caminho deparou-se com o trabalho, com a doença e com a dor. Por fim, deparou-se com a morte de um homem à beira do rio... Deste choque com a dura realidade, surgiu nele a necessidade de se dispor a profundas reflexões. Meditando sobre tudo isso, o príncipe obteve a iluminação.
Houve uma vez um príncipe superprotegido pelo pai, não conhecia a dor, a velhice, a doença, a morte e o trabalho sacrificado. O pai para esconder sua face envelhecida cobria o rosto. O príncipe cresceu em meio a festas, alegria e muita beleza. Ninguém notava sua precocidade, muito menos sua natureza especial. Certo dia, inquietado por tanta falsa felicidade, o príncipe decidiu sair dos limites do palácio. Seu pai ordenou que lhe fossem mostradas apenas coisas boas e bonitas e para tal, levou a riqueza do palácio para as ruas onde o príncipe passaria. Porém, curioso, o príncipe acabou mudando seu trajeto e correu atrás de um homem bem idoso. No caminho deparou-se com o trabalho, com a doença e com a dor. Por fim, deparou-se com a morte de um homem à beira do rio... Deste choque com a dura realidade, surgiu nele a necessidade de se dispor a profundas reflexões. Meditando sobre tudo isso, o príncipe obteve a iluminação.
The Godess
Transformo-te-me em ti
Meu presente é teu passado
Teu presente é meu futuro
Quantas idades houver
Quantos anos se passarem
Sou tua, dos anjos e da Poesia
Para sempre no tempoPara cada dia
Para toda noite
Em uma única aurora
Depois que o sol vai embora
Naquela fina aurora boreal
Em que me viste sob a lua
Darei tempo ao tempo
Para que lembre cada instante
Para que registre todas as imagens de mim
Poética dor menina
Dorme menina
Amanhã será mais adulta
Chega de adultérios
Chega para os homens de tua vida e diz:
Sou dupla, de gêmeos
Homem e mulher
Humana e divina
Anjo e demônio
Sou toda dupla
Sem medo e sem culpa
Cisne ou leão
Instinto e paixão
Tristeza e alegria
Prometo:
Nunca mais ser a mesma
Cada dia de um jeito
Cada roupa um abrigo
Toda noite mulher
Do café ao jantar
Acordar e despertar para a vida na matéria
Pois o sol já raiou
Da vida renasceu
Na dor amanheceu.
Imagens: Mr. B
Modelo: Patrícia Rizzo
A Recuperação dos Ossos
Como galopar entre muros de resistência eu forçava passagem. Meu sonho foi grande. Atravessei vários obstáculos. E no último a exaustão tomou conta de mim. Parei, olhei ao redor. Estava só. Não havia mais ninguém me acompanhando. Precisava apenas mais alguns passos e chegaria na grande muralha. Ao avistá-la tão imponente a minha frente, perguntei: valerá a pena? O fim. Não seria melhor desistir, voltar a atrás, ver se ainda alguém gostaria de me acompanhar. Haveria alguém?
Somos feitos de coragem como a pele aveludada de Reis negros, sorriso franco. De posse da dianteira, seria a felicidade alcançada? Apenas Eu? O que faria do outro lado sozinha? Quem estaria lá para me receber? Haveria alguém?
Os que me acompanhavam acharam que não haveria mais nada adiante. Estacionaram. Fiquei apenas eu num lugar entre dois muros. A fumaça levantada, o suor que escorria pelo corpo, apenas encobriam o lugar e o tornavam menos nítido.
Onde estaria eu? Perdida ou vitoriosa? Apenas uma pessoa deve chegar na frente. Haveria alguma forma de todos chegarem juntos? Esperaria....alguém que já tivesse tentado vencer aquela mulhara....
Uma espera longa, tempo passando, cansaço chegando. Vou voltar e deixar que o misteiroso adiante, se mova até mim. Os muros hão de se abrir sem forçar passagem.
Até aqui foi sendo, acontecendo e minhas pernas se quebraram com o esforço. A recuperação dos ossos. Espero engessada até que possa voltar a andar e voltar a vida normal.... Foi bom, reconheço, essa longa caminhada, galopando, trotando e cada vez mais livre....
Como galopar entre muros de resistência eu forçava passagem. Meu sonho foi grande. Atravessei vários obstáculos. E no último a exaustão tomou conta de mim. Parei, olhei ao redor. Estava só. Não havia mais ninguém me acompanhando. Precisava apenas mais alguns passos e chegaria na grande muralha. Ao avistá-la tão imponente a minha frente, perguntei: valerá a pena? O fim. Não seria melhor desistir, voltar a atrás, ver se ainda alguém gostaria de me acompanhar. Haveria alguém?
Somos feitos de coragem como a pele aveludada de Reis negros, sorriso franco. De posse da dianteira, seria a felicidade alcançada? Apenas Eu? O que faria do outro lado sozinha? Quem estaria lá para me receber? Haveria alguém?
Os que me acompanhavam acharam que não haveria mais nada adiante. Estacionaram. Fiquei apenas eu num lugar entre dois muros. A fumaça levantada, o suor que escorria pelo corpo, apenas encobriam o lugar e o tornavam menos nítido.
Onde estaria eu? Perdida ou vitoriosa? Apenas uma pessoa deve chegar na frente. Haveria alguma forma de todos chegarem juntos? Esperaria....alguém que já tivesse tentado vencer aquela mulhara....
Uma espera longa, tempo passando, cansaço chegando. Vou voltar e deixar que o misteiroso adiante, se mova até mim. Os muros hão de se abrir sem forçar passagem.
Até aqui foi sendo, acontecendo e minhas pernas se quebraram com o esforço. A recuperação dos ossos. Espero engessada até que possa voltar a andar e voltar a vida normal.... Foi bom, reconheço, essa longa caminhada, galopando, trotando e cada vez mais livre....
Cavalgada de sonhos
Onde não há mais caminho, se chega - diziam-me as estrelas. Volte para o seu caminho que é entre estrelas, onde não há muralhas, só castelos de sonhos.
Esses são são guias, os que te acompanham, seres invisíveis a olho nú e com corpo nú.
Nunca deixe-se perder, nunca deixe-se sem saber que a estrela da manhã é a vitoriosa, de onde acordam os sonhos da madrugada e começa-se a galopar um novo dia, uma nova empreitada, vitoriosa.
Vamos te contar a seguinte história: de manhã quando um dia o sol se por na vida, é dia nas estrelas para ti. Verás tua madrugada acordar como nunca, tua vida passará. E verás que tudo o que fez, tudo o que passou foram tempos de glória. Serás bem vinda em teu próprio jardim que plantaste com teus sonhos. Teus sonhos são teus príncipes, começos de amor. E a realização é aqui.
Não te chores mais. Tens o sonho, tens a vida,tens tudo o que precisa. Teus castelos no ar. O que mais precisas? Manter teus sonhos em pé mesmo que sejam apenas sonhos. Cavalgue estes teus PRÍNCIPES que nada te acordará ruim.
Haverá um despertar, o maior de todos um dia. Tuas pequenas manhãs, são grãos de milho dados ao sol. E é só que estás e o que se pode fazer. Plantar no sol, tuas sementes de amor. Aos homens, plante poesias desses milhos. Eles terão o que merecem de ti.
Se continuares cavalgando assim, encontrarás um dia o milho inteiro, pronto para colher. Esses homens, os da terra são poemas também mas apenas para serem lidos e não vividos. Não se vive um poema, não se vive uma canção, apenas canta-se, apenas declama-se amor.
Não há amor de poemas entre as pessoas. Há o que se imagina o que ele seja ou o que deveria ser. Mas não há. O que há entre os homens verdadeiramente? Não pense em inveja, egoísmo, violência. Isso existe, sim mas é o lado negro do poema, aquele que não se declama, não se canta.
Viver de poesias, de palavras bonitas, perguntas se é possível? Apenas quando na vida existem sonhos para sonhar. Apenas quando no mundo existem estrelas para se olhar.
Preste atenção naquela constelação de centauro, nos sonhos daquele que as pintaram. O que vês senão é pintada pelas mãos que te estendem amor. Só nesses sonhos é que o encontramos porque na vida, tudo muda, tudo passa. Só os sonhos ficam.
Imagem: Mr. B
Cabe aqui, nesse meio, uma mulher assim?
De todas, todas elas
A Rainha, a feiticeira, do lar, da cama e dos beijos
De mim, a mais bela
De todas elas, a mais solitária
Sente porque chora
Chora porque não sente
O sentir de alguém
Se eu fosse a única
Única não seria
Seria Magdala, Rainha de Sabá, Nefertite
E qual mais alguém teria
Se eu fosse todas elas
Alguém saberia?
Mas eu não sei quem sou
Esqueci de mim para alcançar alguém
Mesmo que em poesia
Assim mesmo, cá sozinha longe de mim
De todas, todas elas
A Rainha, a feiticeira, do lar, da cama e dos beijos
De mim, a mais bela
De todas elas, a mais solitária
Sente porque chora
Chora porque não sente
O sentir de alguém
Se eu fosse a única
Única não seria
Seria Magdala, Rainha de Sabá, Nefertite
E qual mais alguém teria
Se eu fosse todas elas
Alguém saberia?
Mas eu não sei quem sou
Esqueci de mim para alcançar alguém
Mesmo que em poesia
Assim mesmo, cá sozinha longe de mim
Mãos de olhos Fechados
Minha visão me cega
Nada me vem, nada me vê
Abandonada ao silêncio das cores
Afogada na luz das noites vazias
Aloprada pelo cheiro das mãos
Perfume que tateia um corpo nú de ilusão
É esta mão que estende o carinho de mãe de santo
Sem eu na visão, não me vejo, não me sinto
Sou vaga-luz, ontem clarão, depois quem sabe...
Apenas 1 beijo
Tudo o que almejo
Nada me vem, nada me vê
Abandonada ao silêncio das cores
Afogada na luz das noites vazias
Aloprada pelo cheiro das mãos
Perfume que tateia um corpo nú de ilusão
É esta mão que estende o carinho de mãe de santo
Sem eu na visão, não me vejo, não me sinto
Sou vaga-luz, ontem clarão, depois quem sabe...
Apenas 1 beijo
Tudo o que almejo
Quando meus olhos viram pela primeira vez....
Era universo. Eu estava nua por dentro
Havia um mar de estrelas, sombras
Destacou-se uma figura feminina, Mãe
Silêncio profundo, imagem de música, íntima
Movimentos lentos assim como do luar, nevar
Que passa a noite por nós, sós
Assim que chegava ao mundo, noturno
E minha mão adormenceu, para contar, anotar
Que só as letras podem saber, chover
Sobre tintas, papéis, cores, formas, imagens, belas
Suaves quedas ao mundo, fundo
E por mim, por fim, acordei aqui....e o que vi, chorei....
logo Magdalena: Bernardo de Gregório
Era universo. Eu estava nua por dentro
Havia um mar de estrelas, sombras
Destacou-se uma figura feminina, Mãe
Silêncio profundo, imagem de música, íntima
Movimentos lentos assim como do luar, nevar
Que passa a noite por nós, sós
Assim que chegava ao mundo, noturno
E minha mão adormenceu, para contar, anotar
Que só as letras podem saber, chover
Sobre tintas, papéis, cores, formas, imagens, belas
Suaves quedas ao mundo, fundo
E por mim, por fim, acordei aqui....e o que vi, chorei....
logo Magdalena: Bernardo de Gregório
Jardim de Águas
Em um belo dia se desperta...
E vê que o Jardim de Flores é verdade.
Ele está completo no corpo,
Todas as cores das flores,
Todos os perfumes da manhã.
Integrado, corpo e natureza
Apenas separado por um véu tênue
Brilhante, nossa aura pura
Nossa falsa e ilusória máscara corporal
Caí, como o anjo da luz.
Voam pássaros
Nasce sol
Renascem águas
Purificam-se solos
E é nessa margem, nesse começo de vida
Onde seguram-se as pontas do passado e do futuro
Que a alma colorida segue caminho
Penetrando o lago adentro das imperfeitas mágoas
Águas cálidas. Flores rosas. Passos fundos. Livre visão.
Enxergar ao longe, o que está perto
Amor, Amar. Amar, Amor .....
Deborah Schcolnic
Para que todos saibam do meu apego às flores, aos homens, à um passado que morre e renasce outro com uma flor a mais, com um amor maior.
Escrevo para aquele que um dia me terá:
Serei tua em cheiro, em olhos e ternura
Dirás que sou única, tua
Direi que és meu, único Amor
Guardado, trancado, fechado
Em baú de chaves e pedras
No fundo do mar de minha angústia
Por esperar, sonhar em águas turvas
Meu verde, teu azul unidos em plena inteireza
Depois do arco-íris, dos anjos e das fantasias
De galopar pelos céus a procura
Na infantil história que ouvia
De que certas mulheres, intocáveis pelo tempo na juventude, serão tocadas pelos deuses na morte.
Eu, aqui, ainda sem ti, serei tocada pelos seus dedos
Antes de apenas dormir.
Patrícia Rizzo: modelo. Fez o papel de "A Poesia", Erato, a musa da poesia lírica em "Asas da Mente".
Bernardo de Gregório e eu fotografamos no Making off.
Lápis Lazuli
Um pássaro azul, anjo de toda noite
Voa quando abro as mãos e solto a vida de poeta
Por onde passa, minhas asas
Um suspiro...
É a minha respiração, meu ar
Flutuando pelos céus numa cor de pedra
De olhos e de luz
Um lápis lazuli
Minha arte , intuição pura
Minha parte gotejada pelo mundo afora
Água de mar que alimenta a Terra
Com seu grão num beijo que se faz pelo tempo
No coração da manhã de todos meus dedos de luz azul.
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